O Caso Enron, um dos maiores escândalos do mundo corporativo, representa como manipulações de dados contábeis podem desencadear uma situação irreal do verdadeiro estado financeiro e econômico de uma grande empresa como a Enron. Enquanto a Enron, que era a sétima maior empresa dos Estados Unidos e uma das maiores empresas de energia do mundo, transmitia a imagem de ser uma empresa sustentável e absurdamente lucrativa para investidores, colaboradores e consumidores, utilizava-se de procedimentos contábeis indevidos.
Foi utilizado o método de marcação a mercado e posteriormente o valor futuro hipotético, métodos subjetivos e e que tendem a sofrer manipulações, onde se registravam os lucros potenciais futuros para divulgar valores que jamais entrariam e consequentemente mascarar exorbitantes perdas. A Enron também utilizava empresas coligadas e controladas para inflar o seu resultado, e assim atrair mais recursos através dos investidores, garantindo a sua continuidade temporária.
Foi utilizado o método de marcação a mercado e posteriormente o valor futuro hipotético, métodos subjetivos e e que tendem a sofrer manipulações, onde se registravam os lucros potenciais futuros para divulgar valores que jamais entrariam e consequentemente mascarar exorbitantes perdas. A Enron também utilizava empresas coligadas e controladas para inflar o seu resultado, e assim atrair mais recursos através dos investidores, garantindo a sua continuidade temporária.
A Arthur Andersen, empesa de auditoria independente da Enron, desempenhou um papel fundamental para sustentar a ilusão do sucesso de uma das maiores empresas dos EUA. Em um ramo como a auditoria, a confiabilidade é um atributo essencial no desempenho da sua atividade,e como resultado das ações antiéticas, a Arthur Andersen faliu assim como a Enron. Na análise do caso Enron é notório que diversos princípios contábeis foram infringidos. A administração assim como a contabilidade e auditoria, já possuíam informações necessárias para perceberem que a continuidade da entidade estava comprometida, mas não atuaram de acordo com o princípio da continuidade que dispõe sobre a influência do valor econômico de ativos, assim como o valor ou vencimentos dos passivos. Verifica-se também o descumprimento da integridade do registro do patrimônio e suas mutações, assim como o reconhecimento de receitas e despesas no período o qual efetivamente ocorreram. Esses descumprimentos estão vinculados aos princípios da oportunidade e competência, respectivamente. É necessário citar a inobservância do princípio da prudência, o qual os ativos não deverão ser superestimados, assim como os passivos não deverão ser subestimados, em situações que apresentem alternativas igualmente válidas. A Enron não poderia utilizar dos princípios contábeis citados, sem denunciar a verdadeira situação financeira da empresa.
Um escândalo corporativo acarretará em prejuízos inestimáveis a sociedade. O colapso da Enron provocou uma forte crise econômica, perda da confiabilidade no mercado de capitais, o desemprego de vinte mil pessoas, assim como inúmeros empregados que perderam tudo no fundo de pensão da Enron. Visando a regulamentação do mercado de capitais e um aperfeiçoamento dos sistemas financeiros e contábeis nas empresas, foi criada a lei Sarbanes-Oxley nos Estados Unidos, que também objetivou a recuperação da confiança dos investidores ao mercado financeiro e a prevenção de fraudes corporativas. Além da lei, é importante mencionar que as normas internacionais de contabilidade estão convergindo para uma postura mais rígida, e assim evitar ações antiéticas que abalam não apenas a economia de um país, mas sim a economia mundial.
Por Michele Dias
Referência: Documentário Enron: Os mais espertos da sala)
Parabéns pela síntese do caso ENRON.
ResponderExcluirFoi uma das empresas maiores do U.S.A, estou inserindo no trabalho de conclusão de curso, do curso de Administração de empresas alguns artigos e cases sobre as empresas que faliram. O título é as Razões para o sucesso ou fracasso organizacional. no trabalho falaremos sobre esta empresas dentre as 6 empresas escolhidas. ótimo trabalho gostei muito.
Jefferson
Não li nada, mas é a contadora mais bonita que já vi, hehe. PS: Estou estudando sobre o caso Eron e cai em seu blog. Boa sorte.
ResponderExcluirEles brincaram com coisa séria... este caso é um total fiasco. Lamentável. :/
ResponderExcluirSigo sua linha de raciocínio, e acrescento que este caso também revela quão importante é a (boa) contabilidade. Sem esta, é improvável que haja uma administração eficiente e legítima, afinal, a contabilidade é a primeira a apontar o que merece atenção por parte dos administradores (ou, infelizmente, de acobertar as falcatruas destes, eles cônscios ou não).
Parabéns pelo ótimo texto! Saudações Contábeis.
Calouro ;)
Parabéns pelo texto desenvolvido, pois contém informações reais e objetivas, só faltou você incluir os nomes dos corruptos (Ken Lay - Proprietário, Jeff Skilling - CEO da ENRON, Andrew Fastow - Chefe do departamento financeiro, Lou Pai - O CEO Invisível) além de nomes mais famosos como Arnold schwarzenegger que teve apoio total da ENRON em sua candidatura como governador da Califórnia e o EX-PRESIDENTE dos EUA George W. Bush que era amigo pessoal de Ken Lay e o nomeou como ministro da energia em seu mandato.
ResponderExcluirÓtimo texto! Estou fazendo um trabalho sobre a Enron e caí no seu blog. Me foi muito útil. Obrigada!
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